sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Amar-te-ei mais em Dezembro do que em Maio.

Amar-te-ei consoante a nossa estabilidade, de facto admito hoje que as nossas conversas baseavam-se em amor.
Sinto que te amo cada vez mais profundamente, ao ponto de te amar até Maio. Hoje é Novembro. Não sei o que serei pois transformas-me consoante o teu modo de olhar, vejo-te cada vez de uma forma mais cintilante. Transtornava-me de pensar que não te via em algum pensamento meu, criava histórias e fantasias para um futuro nosso. Eu só te via a ti. Não era obsessão era prazer de pensar em ti. Estava confortável com a nossa forma diferente de ser. Queria amar-te até Julho. Sabia que se tivesses um encontro comigo ás 6 eu começaria a pensar em ti ás 2, não era parvoíce, era amor, era desejo. Não eras bonita, dizem que não, não eras uma mulher com bastantes pretendentes, apenas sabias que os atraias. Atraímo-nos mutuamente até uma Sexta de Janeiro, foi ai que me declarei. Acreditei.
Não pensava, tentava apenas suspirar, comovia-me de pensar no nosso mês de Maio, mês em que iríamos partir, queria-te até lá. Queria-te até me cansar de pensar em te perder. Nos falávamos muito, mas não falávamos do necessário para nos apaixonar-mos. Era apenas isso. O que sabes de nós? Estas longe de mim? Para onde foi a nossa dedicação? Hoje não tenho o espírito de adolescente, tenho 78 anos. Estou num lar e estas ao pé de mim como sempre estiveste. Afinal durou mais que o mês de Maio... Quero-te como sempre te quis, não é atracção nem desejo é paixão.
Hoje sinto que te amo mais que nunca, sabes? Amo-te porque vivemos tudo até aqui.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ainda bem que durou até ao Outono. Adoro o Outono.

Susana disse...

Amei :)