terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Boa Tarde .
Tarde. Era uma vez uma tarde.Os dias normalmente começam de manhã, mas para mim há dias que começam a tarde. De tarde troco sorrisos, falo, aprendo a ser artista. Tardes.Estivemos sentados num café a dizer palavras...palavras. Aperfeiçoava-mos a arte de olhar, a nossa arte de falar, de sentir. Afinal era uma simples tarde,diferente, para ti e para mim, e igual a talvez umas que possam a acontecer. Chegou a hora, eu deixei que ficasses com o meu tempo e subitamente desapareci nele.
O período entre cinco a nove anos de idade é marcado pelo desenvolvimento psicológico da criança.
Vejo em montes de blogs (blogs melhores que este) textos e textos sobre infancia, ora para o meu ser mais ou menos igual aos outros, devo tambem, escrever sobre a minha infancia.
Oh No - Andrew Bird
Quando eu tinha os meus 5,6,7 anos passava os meus Verões em casa dos meus avós, brincava com galinhas mais o meu primo, eu e ele faziamos corridas com caixas de fruta em cima de skates, tinhamos baloiços próprios num parque em minha casa. ..Conseguia correr das 8 da manha as 8 da noite. Hoje nem 8 minutos. Tambem almoçava a correr para puder ir regar as flores com um regador verde com autocolantes e jogar a bola. Hoje a tal bola é cinzas, foi queimada por volta dos meus 7 anos ( eu e o meu primo partimos a janela do passareiro da minha Avó com ela) enfim. Tive montes de brinquedos, era grandiosamente feliz, brincava e era feliz ao mesmo tempo. Agora vejo que toda a gente brinca para ser feliz mas não querem brinquedos, querem pessoas. Eu brincava e brincava e brincava. Sorria. Lembro-me de correr atrás dos passaros que paravam num muro da casa dos meus Avós, era reguila, punha a cabeça da minha querida Avó em àgua. Ela queria que eu dormisse a sesta ou ficasse o dia todo a ver bonecos na televisão. Nunca gramei muito televisão, é perda de tempo e dormir ainda mais . Porcurava o "selvagem" no meio do quintal do meu Pai, com o tempo fui crescendo e descobri que era uma horta. De Inverno quando chovia fugia da minha Avó e ia novamente andar no meu baloiço vermelho, era louco por aquilo, não me cansava , adorava a liberdade que me dava.
Com o tempo fui deixando isto tudo, e agora apenas são recordações.
Este é o meu baloiço hoje. Estou velho hein ?
Hoje em dia qual é o miudo que não gosta de estar uma tarde a jogar computador ?
Obrigado, tive a melhor infancia das infancias.
Oh No - Andrew Bird
Quando eu tinha os meus 5,6,7 anos passava os meus Verões em casa dos meus avós, brincava com galinhas mais o meu primo, eu e ele faziamos corridas com caixas de fruta em cima de skates, tinhamos baloiços próprios num parque em minha casa. ..Conseguia correr das 8 da manha as 8 da noite. Hoje nem 8 minutos. Tambem almoçava a correr para puder ir regar as flores com um regador verde com autocolantes e jogar a bola. Hoje a tal bola é cinzas, foi queimada por volta dos meus 7 anos ( eu e o meu primo partimos a janela do passareiro da minha Avó com ela) enfim. Tive montes de brinquedos, era grandiosamente feliz, brincava e era feliz ao mesmo tempo. Agora vejo que toda a gente brinca para ser feliz mas não querem brinquedos, querem pessoas. Eu brincava e brincava e brincava. Sorria. Lembro-me de correr atrás dos passaros que paravam num muro da casa dos meus Avós, era reguila, punha a cabeça da minha querida Avó em àgua. Ela queria que eu dormisse a sesta ou ficasse o dia todo a ver bonecos na televisão. Nunca gramei muito televisão, é perda de tempo e dormir ainda mais . Porcurava o "selvagem" no meio do quintal do meu Pai, com o tempo fui crescendo e descobri que era uma horta. De Inverno quando chovia fugia da minha Avó e ia novamente andar no meu baloiço vermelho, era louco por aquilo, não me cansava , adorava a liberdade que me dava.
Com o tempo fui deixando isto tudo, e agora apenas são recordações.
Este é o meu baloiço hoje. Estou velho hein ?
Hoje em dia qual é o miudo que não gosta de estar uma tarde a jogar computador ?
Obrigado, tive a melhor infancia das infancias.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Estrela é um corpo celeste, no entanto, também é muito utilizada para descrever algo importante, tanto pessoas como coisas.
Não sei o que pensar, admito que estou lúcido.
Por ti roubava todas as estrelas do mundo e partilhava-as contigo. Não te dava só uma.
Por ti roubava todas as estrelas do mundo e partilhava-as contigo. Não te dava só uma.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Apresenta todas as palavras do domínio da medicina.
Não quero ser mais do que tu, nem ser a pessoa que quer ter mais.
O que para mim é ter algo...
O que eu quero não sei se vou ter e tu trabalhas para o ter.
Para que que trabalhas e és vitima do teu orgulho se não sonhas com o que desejas ? se não sonhas com o queres ter ?
Eu apenas sonho.
Vejo o tempo e ele vê-me a mim quando me ultrapassa e eu fico inerte.
Estou parado, louco e alheio a tudo, alheio a tudo o que quero e tambem ao que não quero. O que quero, não leva a lado nenhum e o que não quero tras-me sonhos e pensamentos, eu quero estar quieto no meu cerebro. Ele já está frito.
Tenho uma cabeça ja velha.
Merda... não estou lúcido e oiço-te a murmurar ao meu ouvido.
Quanto custa a liberdade ?
O que para mim é ter algo...
O que eu quero não sei se vou ter e tu trabalhas para o ter.
Para que que trabalhas e és vitima do teu orgulho se não sonhas com o que desejas ? se não sonhas com o queres ter ?
Eu apenas sonho.
Vejo o tempo e ele vê-me a mim quando me ultrapassa e eu fico inerte.
Estou parado, louco e alheio a tudo, alheio a tudo o que quero e tambem ao que não quero. O que quero, não leva a lado nenhum e o que não quero tras-me sonhos e pensamentos, eu quero estar quieto no meu cerebro. Ele já está frito.
Tenho uma cabeça ja velha.
Merda... não estou lúcido e oiço-te a murmurar ao meu ouvido.
Quanto custa a liberdade ?
Caro Campos
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço..
Álvaro de Campos
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço..
Álvaro de Campos
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